terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

REFINARIA DO SABER

O competente Eliomar de Lima cunhou um termo interessante no atual debate sobre a refinaria: “refinaria do saber”.
A refinaria do saber seria um contraponto a refinaria do petróleo.  Não são projetos excludentes de maneira que podem co-existir. Infelizmente a refinaria do saber não tem despertado a atenção e interesse dos governantes, políticos e empresários.
Podemos definir a refinaria do saber como um pólo formado por um centro de pesquisa e ensino de ponta associado a um parque tecnológico.
Na refinaria do saber os insumos são jovens talentosos e pesquisadores que o ceara têm em abundancia. Na refinaria do petróleo os insumos são óleo, máquinas e equipamentos que o ceará não possui. Na refinaria do petróleo os produtos principais são gasolina e óleo diesel, na refinaria do saber são inovação e empreendedorismo. A refinaria do petróleo é poluente, pois é movida a carvão, a do saber vai ajudar a limpar o meio ambiente, pois vai desenvolver novas tecnologias. A refinaria do saber vai gerar um grande numero de pequenas e médias empresas de base tecnológica, a do petróleo dificilmente vai gerar um grande pólo petroquímico.
Para os que acham que isso é ilusão e teoria veja o exemplo de Nova York. A cidade recentemente destinou um de seus últimos espaços nobre, a Ilha Roosevelt, para criar o Cornell NYC Tech. Um novo campus da Universidade de Cornell, encravado e integrado a cidade para o desenvolvimento de riqueza na era digital. A cidade entra com parte da infra-estrutura, algo como 200 milhões de Dólares, e a universidade com 2 bilhões de investimentos para criar um complexo de ensino, pesquisa e empreendedorismo.
Certamente não somos Nova York mais também não somos Angola para concentrar nosso desenvolvimento em petróleo e refinaria.

CORNELL NYC TECH







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