quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

GRADUALISMO OU TRATAMENTO DE CHOQUE

Na literatura é clássico o dilema entre gradualismo ou tratamento de choque no desenho das politicas econômicas. O governo claramente optou pelo tratamento de choque na politica fiscal e já anunciou um ajuste da ordem de R$ 40 bilhões. No atual cenário de deterioração das contas publicas acho que é o caminho certo. Na questão da inflação também existe um tratamento de choque na correção de preços defasados como energia, transporte coletivo e combustíveis. Notem que mesmo com a gasolina não tendo mudado de preço esse ano, na pratica temos uma recuperação de defasagem pois o normal seria uma queda nos preços em resposta a forte queda do petróleo no mercado internacional. Aqui o tratamento de choque preocupa pois um aumento forte da inflação no primeiro semestre pode despertar a memoria inflacionaria do agentes que ainda existe no Brasil. Se a inflação anualizada chegar a 8% entraremos em uma zona de turbulência. Nesse sentido acho que o governo, digo Petrobras, poderia contribuir e não repassar de forma integral o aumento de impostos sobre os combustíveis ja que ela, com petróleo na casa dos $ 50 Dólares,  está operando com uma significativa margem de lucro.

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