NÃO
É FÁCIL
Vejam como é difícil o
ajuste fiscal prometido pelo governo. Uma das medidas para aumentar a receita
foi o veto da presidenta ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda. Um
ajuste mais do que justificável dado que em 2014 a inflação foi muito próxima
disso. A expectativa é que o governo vai ajustar a tabela em 4,5% o que
representaria uma receita extra da ordem de R$ 7 bilhões.
Ao mesmo tempo o governo
subiu a Selic em 0,5%. Isso vai gerar maiores gastos do governo com os subsídios
que ele fornece para os tomadores de empréstimos do BNDES. Nesse caso o
subsidio é a diferença entre a Selic e a TJLP, pois o governo capta pagando a
primeira e tem como retorno a segunda. Alem disso tem o custo de equalização de
taxas de juros dos empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI)
já que eles foram feitos com taxas fixas de 3% a 5% e o funding do BNDES paga
TJLP.
Ou seja, parte da economia
que será feita com uma medida altamente impopular vai ser consumida pelo
aumento da Selic. Na prática o ajuste sai do bolso do trabalhador e não do
empresário.
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